EDMILSON GADELHA
Sobralense, nasceu em 11 de novembro de 1940. Antes de ser funcionário da CHESF, onde se aposentou por tempo de serviço, foi motorista de praça, época em que os taxi ainda eram Jipee.
Casou-se com dona Socorro Gadelha com quem teve seis filhos que lhe deram seis netos.
Em 2004, já aposentado, resolveu comprar um pequeno sítio no distrito de Tuína (Ramédio) Massapê, pois queria realizar o sonho de todo aposentado que já cumpriu seu tempo de serviço: Curtir os netos num lugar bem longe do stresse do dia a dia. Porém, após construir seu pequeno ninho de sonhos, teve que partir. E no dia 05 de janeiro de 2005 ele cercado pelos filhos se despede deste mundo terreno para nunca mais voltar, a não ser em lembranças que ficaram plantadas na pequena chácara que agora leva seu nome.
CHÁCARA
EDMILSON GADELHA
No ano dois mil e quatro
O Sr. Edmilson comprou
Um sítio abandonado
Mas por ele se encantou
Fez uma completa reforma
E aquilo logo transforma
Na chácara que sonhou.
Veja quanto romantismo nestes versos.
Numa cerca bem rústica
Feita com arame e pau
Aves tecem seus ninhos
E ninguém lhes fazem mal
Se escondem das baladeiras
Nas tranças das trepadeiras
Que enrama todo o quintal
Do pátio, quando a noite
Descortina-se no horizonte
Vê-se por entre carnaubais
Onde o dia se esconde...
E para iluminar a mata
Surge a lua cor de prata
Vinda não sei de onde.
( ...)
Pequenas plantas habitam
À sombra de um canteiro
São tantas flores coloridas
Que até parece um tinteiro.
Das Boas noites e Nove horas
O perfume se evapora
E nos perfuma o dia inteiro.
Cedo regamos as flores
Espalhando o seu perfume
Cuidamos da plantação
Reforçando com estrume
E a água corre molhando
A terra seca e encharcando
Os pés de malícia e ciúmes.
AQUI ELE TERMINA O CORDEL.
Um pé de graviola cresce
No alpendre furando a telha
Suas frutas são tão doces
Que seduzem as abelhas...
E para fugir, então, do tédio
Existe pra nós lá no Remédio:
A CHÁCARA EDMILSON GADELHA.
Nota do Autor
Em 21/07/2005 escrevi uma poesia com o título Chácara Edmilson Gadelha, tendo Suelane, minha esposa, colocado numa moldura na sala por ser uma homenagem a seu pai. Porém quem lia queria uma cópia, resolvi então transformar num cordel e em 13/12/2006, dobrei a quantidade de versos e confeccionei este livreto para presentear todos aqueles que vem pela primeira vez conhecer o cantinho do silêncio.
Vaumirtes Freire
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