quarta-feira, 30 de março de 2011

A CPI DO CUECÃO


A CPI DO CUECÃO

Autor: Vaumirtes Freire - O Poeta do Silêncio

13/07/2005)


  • Companheiro Lula, cuidado!
  • Ocê tá cercado de ladrão.
  • O "tôco" deles é tão grande
  • Que se chama Mensalão.
  • Tem rato acuando gato
  • E nóis pagando o pato
  • Com tanta corrupção.


  • Essa políTITICA brasileira
  • Deixa o pais envergonhado
  • Pois corruptos enchem o saco
  • De nós pobres assalariados
  • Roubando a nossa Nação
  • Para pagar o mensalão
  • Destes falsos deputados.


  • Na câmara dos deputados
  • A ladroeira "desembestou".
  • É ladrão vazando pelo ladrão
  • Tão enganando o Senhor
  • Não é ladrão de galinha
  • Eles andam de gravatinha
  • E só tem ladrão doutor.


  • O Delubio, companheiro
  • É outro falso amigo
  • Saia logo de perto dele
  • Pois ocê corre perigo
  • Tão roubando o pais
  • E o povo vivendo infeliz
  • Debaixo do seu umbigo.

  • É tanta sem-vergonhice
  • Que tem CPI de montão
  • Tem CPI até dos Correios
  • E uma CPI do Mensalão
  • CPI da própria CPI
  • Acho que tá faltando aí
  • A CPI DO CUECÃO.

  • Existem muitos políticos
  • Que ainda são corretos
  • Este tentam colocar o Brasil
  • Sempre no rumo certo
  • Porém, muito cuidado
  • Tem alguns bem safados
  • Nos “Arrudiando” por perto.

  • O Congresso nacioná
  • Parece mais uma delegacia
  • Político denunciando ladrão
  • Depois é o ladrão que denuncia
  • E com medo da cassação
  • O corrupto ladrão
  • No outro dia já renuncia.

  • A cada dia que passa
  • A podridão só aumenta
  • E a população indignada
  • Esses corruptos sustenta
  • E eles aumenta seus salários
  • Um bando de salafrários
  • Tirando ouro das ventas.

  • Pois agora tô "cabreiro"
  • Com político safadão
  • E quanto maior a cueca
  • Mais fácil a corrupção
  • Já pensou na quantia
  • De dinheiro que caberia
  • Na cueca do Faustão?

  • Com a cueca cheia de Dólar
  • É impossível ficar duro
  • É tanto dinheiro na poupança
  • Que tá garantido o futuro
  • Mas muito medo me faz
  • Pois com tanto rolão atrás
  • É perigoso ter algum furo.

  • Conheci o colarinho branco
  • O tal político ladrão
  • Hoje se chama de corrupto
  • E o roubo virou mensalão
  • Mas desde que eu era criança
  • Depositar "tutu" na poupança
  • Não era botar no cuecão.

  • Acho que isso apenas foi
  • Um erro de comunicação.
  • - Ponha o Dólar na poupança
  • E o restante leve na mão.
  • Assim disse o Deputado
  • Mas o assessor "Abestaiado"
  • Depositou foi no Cuecão.

  • Um eleitor, meu amigo
  • Passou-me então um fio
  • Telefonou dizendo: "Cumpade"
  • Agora por tudo eu desconfio.
  • E neste tá político Ladrão
  • Nas épocas de eleição
  • Nem só de cueca, eu confio.

  • Peço que o Presidente faça
  • Uma nova lei eleitoral
  • Para os políticos envolvidos
  • Neste pecado capital
  • Uma lei Anti-Corrupção
  • "Proibindo o Samba-Canção
  • E vestindo neles o fio dental.

  • Pois o que não cabe na mala
  • Estão na cuca escondidos
  • Tem muitos políticos honestos
  • E outros um tanto "esgalamidos"
  • Viciados nessa tá corrupção
  • Que ao receber o Mensalão
  • Bota tudo lá no "partido".

  • O Roberto Jefferson alertou
  • A todos sobre o tá Mensalão
  • Na CPI ele ficou cara a cara
  • E chamou todos de meu irmão.
  • Seria uma cena tão patética
  • S'ele no Conselho de Ética
  • Assim gritasse: Pega ladrão!

  • Quem acusou o Roberto
  • Pulou fora da ratoeira
  • Ladrão acusando ladrão
  • Parece até brincadeira
  • Eu acho que vou colocar
  • Lá no congresso Nacioná
  • Umas duzentas ratoeira.

  • E o planalto parece até
  • Um grande queijo suíço
  • Onde ratos comem dinheiro
  • E nos reias dão sumiço
  • E depois na TV Senado
  • Faz o povo de abestado
  • Realizando seus feitiços.

  • Zé Dirceu enganou
  • Todos que nele confiava
  • Foi ele quem inventou
  • Este mensalão e pagava
  • Todo deputado ladrão
  • Roubando assim a Nação
  • E ninguém desconfiava.

  • E nós Brasileiros Arretados
  • Diante de nossa televisão
  • Vendo cobra engolindo cobra
  • (O pedaço podre desta nação)
  • E nos jornais agora só se fala
  • Dos malas carregando em malas
  • Os furtos, frutos da corrupção.

  • MAS: "Isso é uma Vergonha."
  • O Boris Casoy nem falou.
  • Talvez porque o seu patrão
  • Com malas a PF flagrou
  • Mesmo assim nós não "cala":
  • Um bispo com sete malas
  • Seu RECORD ninguém quebrou.

  • O presidente da Câmara
  • O deputado Serverino
  • É uma grande vergonha
  • Para todos nós nordestinos
  • Vive empregando os parentes
  • Se dizendo um inocente
  • Como todo bom menino.

  • É tanto dinheiro roubado
  • Que não dá tempo nem contar
  • Uns inventa que é dizimo
  • Para seus pecados pagar
  • Enquanto isso o povo
  • Come seu arroz com ovo
  • Sem direito de arrotar.

  • Dinheiro na Cueca é sujo
  • Mesmo sendo dinheiro lavado
  • Sempre existiu caixa dois
  • Mas isso é dinheiro desviado
  • Para sairmos desta ruína
  • Precisamos duma faxina
  • Na Câmara e no Senado.

  • Então companheiro Lula
  • Eu lhe faço uma perguntinha:
  • - "Neste dinheiro sem origem
  • não tem lá umas moedinhas ?
  • E os donos dessas malas
  • Se não sabe e ninguém fala,
  • Bota na minha cuequinha.

  • Ainda bem que existem
  • Bons políticos no Congresso
  • Para botar pra fora os corruptos
  • E é pra eles que sempre peço:
  • Façam leis contra corrupção
  • Defenda a nossa Nação
  • Como faço nestes versos.

  • F13M

terça-feira, 29 de março de 2011

O CAMINHO DAS ÁGUAS, DE SOBRAL À FORQUILHA


Este cordel narra sobre O caminho das águas, onde escreve sobre a construção de uma adutora construída pelo Governador Cid Gomes para Forquilha que leva água do rio acaraú até aquela cidade.
Veja alguns versos

O CAMINHO DAS ÁGUAS
DE SOBRAL À FORQUILHA

Autor: vaumirtes Freire




Nós nordestino sabemos
O valor que a água tem
Por isso preservamos
O pouco que a gente tem.
É a seca se aproximando
E a gente já rezando
Pela chuva que não vem.

(...)

No estado do Ceará
A coisa tá se modificando
Cid Gomes no Governo
E tudo tá melhorando
Com uma política moderna
Ele com o povo governa
E tudo vai se transformando.

(...)

Antes com a pooliticagem
O povo de sede morria
Nem um projeto social
Para os pobres a gente via
Água só de cacimbas
Ou também de caçambas
que o carro pipa trazia.

(...)

Seu irmão Ciro Gomes
Quando então governador
Construiu também um rio
O Canal do Trabalhador
E com essa grandeza
A sede de Fortaleza
Dr. Ciro acabou.

Agora pela transposição
Do São Francisco batalha
Para trazer água ao Nordeste
Essa imensa fornalha
Onde seus irmãos Cearenses
Sofrem inocentemente
E tem gente que só atrapalha.

AQUI O POETA FALA DA DIFICULDADE COM QUE PASSA O POVO DE FORQUILHA, ONDE SERÁ CONSTRUÍDA UMA ADULTORA QUE SERÁ ABASTECIDA PELAS ÁGUAS DO ACARAÚ.

Pois esta cidade estar
De tanta sede sofrendo
O povo bebendo só lama
E as crianças adoecendo
Os ricos água comprava
E os pobre sede passavam
A população adoecendo.

(... )

Em 25 de Março
Depois do dia de São José
Forquilha ficou feliz
Cheio de graça e fé
Pois sonhos aconteceram
Como um dia prometeram
OS TRÊS FILHOS DE JOSÉ.

CIRO, CID E IVO GOMES
Entregaram para a população
De Forquilha uma adutora
Uma forma de gratidão
E o povo presente ali
Passou a lhes aplaudir
Foi grande a emoção

A população sabia que
O sofrimento havia acabado
Pois água ruim agora
Era coisa do passado
Graça ao Governador
Tudo ali melhorou
Era um dia abençoado

È como se nossa Sobral
Doasse vida a Forquilha
Pois as duas pertencem
A uma mesma família
... E uma mãe sorrindo
E seu sangue transfundindo
Para salvar sua filha.

14 – FIM

SOBRAL, 19 DE MARÇO DE 2008 ( O cordel foi feito para ser lançado no dia de São José, porém neste dia caiu tanta chuva na Cidade de Forquilha que a inauguração foi adiada para o dia 25 de Março pelo próprio governador).

SOBRAL CADA VEZ MELHOR


No seu cordel Sobral Cada Vez Melhor,
o poeta mostra todo
seu amor pela princesa do Norte.



Leia alguns versos:


Autor Vaumirtes Freire




Em nós Sobralense existe
No coração a sobralidade
Um sentimento de puro amor
Que sentimos por esta cidade
É como uma chama acesa
Da paixão por uma Princesa
Que num peito amante arde.

Nem toda beleza do mundo
Não importa qual o pais
Faz o Sobralense sentir-se
Noutro lugar mais feliz
E a Boulevard do Arco
Para nós é um Marco
Tão lindo quanto Paris.

A margem esquerda do rio
Nos faz lembrar de Veneza
Às vezes pensamos que Recife
Não tenha tamanha beleza
E a nossa Grande Sobral
Mesma menor que a capital
E melhor que Fortaleza.

Os versos abaixo novamente o poeta faz referência ao Ex- prefeito Cid Gomes

Mas, antes era diferente
Foi o Cid que tudo mudou
Deu um jeito na cidade
E no Rumo certo colocou
E agora em boas mãos
Sobral vive no coração
Dos sobralense por amor.

Aqui fala do eclipse solar que aconteceu em 1919 quanto o físico Albert Astein comprovou a Lei da relatividade.

Aqui o sol é mais forte
Que em qualquer outro lugar
É como se Deus lá no céu
Vivesse sempre a nos filmar
Pra compensar a escuridão
Que houve neste torrão
Durante o eclipse solar.

Que Bahia tem belas praias
Isso ninguém pode negar
Que os álpices Suíços é frio
É muito fácil se afirmar
Porém, só na nossa cidade
A lei da relatividade
Einstein pode confirmar.

Novamente o poeta faz alusão ao ex-prefeit Cid,
quando diz que sobral é antes e depois de Cid, ou seja um divisor de águas.


“Antes e depois de Cid “ (a.C/d.C)
Sobral assim será lembrado
Ele é o divisor de água
Entre futuro e passado
E agora Leônidas eleito
Deixará tudo tão perfeito
Tal qual foi encontrado.

No final, o poeta faz alusão ao atual prefeito Leônidas,
reconhecendo também a sua contribuição na evolução de sobral.


Se no passado Sobral
De muitas cidades foi a pior
Com Cid Gomes se tornou
Entre tantas outras a maior
Hoje com Leônidas Cristino
Escreve assim o seu destino:
Sobral cada vez melhor.

Fim

BRSIL, FRAUDE EXPLICA,


NO SEU CORDEL BRSIL, FRAUDE EXPLICA,

O poeta fala sobre a corrupção que existe no Brasil em diversos setores da sociedade. Ele escreve em forma de sátira, mas que na realidade é coisa séria. LEIA alguns versos:


BRASIL, FRAUDE EXPLICA!
( 26/09/2005)





Nosso país está vivendo
Um momento delicado
Tem tanto ladrão aqui
Vestidos de deputados
É ladrão roubando ladrão
Tem um ta de mensalão
Na câmara e no senado.

Apolítica é uma piada
Que faz o povo chorar
O Severino renúnciou
Depois de muito roubar
O Maluf foi pra cadeia
Pois a coisa tá é feia
Só não ver o Jatobá.

Bob Jefferson, o espinho
Que o tumor estourou.
A podridão foi tão grande
Que Zé Dirceu renunciou
Veja só que sinistro
Por causa de um ministro
O Brasil quase despencou.

É tanto dinheiro roubado
Para pagar o Mensalão
Que faltou mala pra guardar
E colocaram no cueção
E o Duda Mendonça
O famoso amigo da onça
Também roubou a nação.

Aqui o poeta fala do Zé Dirceu
.

Nos Estados Unidos, furacões
Destroem tudo e vem em bis
No Brasil é a corrupção
Que faz o povo infeliz.
Primeiro foi Zé Dirceu
O furação que apareceu
Para destruir o País.

Se lá foi o Rita
Um furacão destruidor
Aqui apareceu o Severino
Que a nós todos enganou
Um redemoinho no Senador
Que logo virou um tornado
E o Brasil enlameou.

Veja estes versos os quanto ainda são atuais.


Se os vulcões destroem
Casas, vilas e cidades
Aqui temos os corruptos
Destruindo uma sociedade
Roubam e são reeleito
Sendo tratados com respeito
Por causa da impunidade.

(...)

O trabalhador coitado
Siquer tem aposentadoria
Trabalha mais de trinta anos
E recebe uma micharia
Aposentar-se por invalidez
Só se tiver de uma só vez:
Trombose, enfarto e anemia.


Veja a capacidade que o poeta tem de criatividade ao
denúnciar sutilmente neste versos a fraude nos CORREIOS. Ele usa o verbo CORRER.

È tanta Fraude que FREUD
Jámais conseguiria explicar
Tem fraudes nas CPI,S
Que as fraudes vão apurar
E se alguém gritar no meio:
"Olha a polícia, CORREI-OS"
Não fica ninguém por lá.

Nos CORREIOS, quem diria
Também apareceu corrupção
Acho que só falta roubar
O saco seco do sacristão
É tanta fraude no Pais
Que no futebol tem Juiz
Que já virou mesmo ladrão

(... )

Ainda bem que não foi aqui
A eleição do Bento XVI
Pois iriam fraudar o conclave
E jámais duvidem vocês
Se o Papa não fosse o Pelé
Ou até mesmo uma mulher
A Dercy Gonsalves III.

(...0

O prémio Nobel também
Não tem a nossa votação.
Se assim fosse, com certeza
Teríamos fraudes de montão
Aqui ganharia o satanás
O prémio Nobel da Paz
Se distribuísse Mensalão.

E O Nobel da Literatura
O Marcos Valério ganharia
Mesmo que fosse analfabeto
Tudo logo se resolveria
Bastava pagar um mensalão
E ele ainda levava na mão
O Nobel de Engenharia.

Ma aqui ele mostra o quanto nós Brasileiros somos grandes e que precisamos lutar por uma socieddae melhor. Também cita brasileiros que são exemplos de grandes homens.

Meu Brasil, brasileiro
De Ruy Barbosa e Jucelino
Apesar de em berço esplêndidos
Se dá bem os Severinos
Eu acredito que no futuro
Será um Pais mais maduros
E deixará de ser menino.

Temos grandes políticos
E neles está a solução
Para que o nosso Brasil
Seja uma grande nação
E os corruptos safados
De cidadãos disfarçados
Coloquemos na prisão.

Faço este versos em cordel
Somente pra alertar
Que o nossos Brasil querido
Estão querendo só fraudar
Carregos as poesias
Em malas todos os dias
No meu silencio, a gritar.

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%




No Cordel sobre o RIO OITICICA o poeta denúncia a morte de um dos oásis de seu tempo de infância.
Leia que versos lindos





O RIO OITICICA
AGONIZA EM SILÊNCIO.

Autor: Vaumirtes Freire


Os rios são caminhos
De água onde há vidas
Levam e trazem farturas
Para muita gente sofrida
O peixe a fome mata,
O verde a tinta da mata
Onde aves buscam guaridas.

Quando ainda não existiam
Estradas para o sertão
O rio era o caminho
Para adentrar o desertão
Assim surgiram as cidades
Ribeirinhas em toda parte
Desta nossa grande nação.

Neste versos ele denúncia a morte do rio
Mas é no Sinhá Sabóia
Que o meu rio agoniza
Em silêncio, ajoelhado
Do progresso leva pisa
Quem passa pela ponte
Só olha pro horizonte
Da gente ele precisa.

O Rio Oiticica, antigamente
Era o Point da criançada
Que brincavam de “Cangapés”
Ao som da passarada
E oiticicas com as folhagens
Uniam as duas margens
Todas elas abraçadas.

Estes versos falam de sua época de infância no rio

A marreca sobre as águas
Assanhava o rio, ao voar
Assustando os caçadores
E outros pássaros do lugar
E nós meninos, só alegria
Vivíamos naquela alegria
Sem o medo dela acabar.

Descreve aqui como era o rio antigamente.

Às vezes pegávamos peixes
Com anzol e isca de pão
Era apenas um passatempo
Uma grande diversão
E soltávamos novamente
Aquele peixinho inocente
Tamanha nossa compaixão.

Nós fazíamos os cavaletes
Dos troncos das carnaubeiras
Que desciam esquartejadas
E paravam nas ribanceiras
Era a nossa balsa linda
Que eu me lembro ainda
Naquelas tardes fagueiras.

Comíamos as carnaúbas
Que as aves desbulhavam
Do alto das carnaubeiras
Onde elas se alimentavam
E os aguapés, então
Nós catávamos bem muitão
E eles nos perfumavam.


Aqui mostra como se deu a tortura do rio
.Mas o tempo, tão ingrato
Tirou de nós a inicência
E os meninos que brincavam
Conheceram a tal violência
Do progresso que chegou
E as oiticicas arrancou
Com tamanha prepotência.

Arrancaram pelas raízes
Foram todas esquartejadas
Viraram lenhas pra foqueiras
Sendo logo carbonizadas
Não sobrou uma sequer
Que ficasse ali de pé
Para abrigar a passarada.

Aqui mostra o culpado

O rio ficou triste
E aos pouco adoeceu
E com o passar dos anos
Veja só o que aconteceu
A CURTMASA, um curtume
Tirou dele seu perfume
E sus água apodreceu.

Ela criminosamente
Seus produtos despejou
Por maldade no rio
E fauna e flora matou
E nas copas das matas
Nem nas partes mais altas
Nenhum pássaros restou.

Este cordel já foi tema em várias palestra sobre o meio ambiente.

CHÁCARA EDMILSON GADELHA


EDMILSON GADELHA

Sobralense, nasceu em 11 de novembro de 1940. Antes de ser funcionário da CHESF, onde se aposentou por tempo de serviço, foi motorista de praça, época em que os taxi ainda eram Jipee.

Casou-se com dona Socorro Gadelha com quem teve seis filhos que lhe deram seis netos.

Em 2004, já aposentado, resolveu comprar um pequeno sítio no distrito de Tuína (Ramédio) Massapê, pois queria realizar o sonho de todo aposentado que já cumpriu seu tempo de serviço: Curtir os netos num lugar bem longe do stresse do dia a dia. Porém, após construir seu pequeno ninho de sonhos, teve que partir. E no dia 05 de janeiro de 2005 ele cercado pelos filhos se despede deste mundo terreno para nunca mais voltar, a não ser em lembranças que ficaram plantadas na pequena chácara que agora leva seu nome.


NO Cordel que escreveu para a CHÁCARA EDMILSON GADELHA o poeta demonstra o lirismo nos seus versos. Leia

CHÁCARA
EDMILSON GADELHA

No ano dois mil e quatro
O Sr. Edmilson comprou
Um sítio abandonado
Mas por ele se encantou
Fez uma completa reforma
E aquilo logo transforma
Na chácara que sonhou.

Veja quanto romantismo nestes versos.

Numa cerca bem rústica
Feita com arame e pau
Aves tecem seus ninhos
E ninguém lhes fazem mal
Se escondem das baladeiras
Nas tranças das trepadeiras
Que enrama todo o quintal

Do pátio, quando a noite
Descortina-se no horizonte
Vê-se por entre carnaubais
Onde o dia se esconde...
E para iluminar a mata
Surge a lua cor de prata
Vinda não sei de onde.
( ...)

Pequenas plantas habitam
À sombra de um canteiro
São tantas flores coloridas
Que até parece um tinteiro.
Das Boas noites e Nove horas
O perfume se evapora
E nos perfuma o dia inteiro.

Cedo regamos as flores
Espalhando o seu perfume
Cuidamos da plantação
Reforçando com estrume
E a água corre molhando
A terra seca e encharcando
Os pés de malícia e ciúmes.

AQUI ELE TERMINA O CORDEL.

Um pé de graviola cresce
No alpendre furando a telha
Suas frutas são tão doces
Que seduzem as abelhas...
E para fugir, então, do tédio
Existe pra nós lá no Remédio:
A CHÁCARA EDMILSON GADELHA.
______________________________
Em 2010 a sua sogra vendeu a Chácara Edmilson Gadelha e eu quando quero voltar ao passado desfolho este cordel em meu silêncio.

Nota do Autor

Em 21/07/2005 escrevi uma poesia com o título Chácara Edmilson Gadelha, tendo Suelane, minha esposa, colocado numa moldura na sala por ser uma homenagem a seu pai. Porém quem lia queria uma cópia, resolvi então transformar num cordel e em 13/12/2006, dobrei a quantidade de versos e confeccionei este livreto para presentear todos aqueles que vem pela primeira vez conhecer o cantinho do silêncio
.

Vaumirtes Freire

FHC, O PRESIDENTE QUE APAGOU O BRASIL.


Aqui neste cordel escrito no governo FHC ele fala sobre o Apagão.


FHC, O PRESIDENTE
QUE APAGOU O BRASIL.


Seu doutor, o apagão
Já chegou por aqui.
Tudo agora é escuridão,
que iguá eu nunca vi.
Somente um candeeiro
Alumia o meu terreiro
A custa de gás e pavi.

O “papé” da luz já chegou
E eu fui logo espiar
Ver se a tá meta prevista
Eu não quis ultrapassar,
E graças a Deus consegui,
Mas também eu nunca vi
Tanta coisa sem funcionar.

Nestes versos fala sobre como o povo devia fazer para alcançar a devida cota.

Alcancei minha cota,
Mas só eu sei o sofrimento.
Até o despertador desliguei,
Pois, tocava a todo momento.
Nem por isso perco a hora,
Pois o meu relógio agora
É o relincho do jumento.

A televisão lá de casa
Não passa mais novela.
E no lugar do abaju
Acendi a luz da vela.
E o ar condicionado
Nunca mais foi ligado
Eu abri foi a janela.

Desliguei o microondas
Que há dias comprei.
Pus uma jarra na camarinha
E água para beber coloquei,
Pois a minha geladeira
Nem mesmo por brincadeira
Nunca mais eu a liguei.

No final ele demonstra que ta no povo a esperanças de novos dias.

Este governo FHC
O nosso país apagou
Vomitou promessa ao povo
E este povo trapaceou
E o Brasil pagou um Mico
por se deixar levar no bico
Dum Tucano enganador.

Porém, por duas vezes
Foi eleito pra presidente
Comprou caro a consciência
Dos eleitores inocentes
Que trocaram o velho Lula
Por uma intelectual mula
Que veio coicear a gente.

Os versos abaixo o poeta lembra aos brasileiros de que o voto é a maior arma da democracia.


Mas o sol nos ilumina
Todo os dias, o ano inteiro.
E a noite o nosso céu
Parece um imenso braseiro,
Para lembrar o presidente
Que é uma brasa muita ardente
O voto dos Brasileiros.

FIM.
13

SÍTIO KAKALI



É assim o poeta. As vezes polêmico, as vezes romântico.
Veja este versos sobre o SITIO KALIKALI



Uma estradinha de pedra
Nos guia a todo canto.
Em cada flor que eu via
Havia sempre um encanto.
E as gotas do orvalho
Caiam de galho em galho
Molhando o verde manto.

No alpendre, quando o vento
Corre feito louco de guerra
É hora de vestir os casacos,
Pois o frio surge da terra...
E ao longe, uma pedra gigante
Não pará um só instante,
Vive a engomar a serra.

VEJA QUE VERSOS LIDOS SOBRE A NOITE QUE CHEGA


E a noite ao chegar
Traz consigo o perfume
Das flores que adormeceram
Sob as luzes dos vaga-lumes...
E a lua cor de prata
Ao longe namora a mata
Nos matando de ciúme

E FINALIZA ASSIM

É muito grande este sítio
Porque cabe uma multidão
De sonhos, de felicidade,
De amigos e gratidão.
E às vezes, é tão pequeno
Como a gota do sereno
Pra caber no coração.


FIM

PS: Este cordel é constituído de 16 versos.

O MEU SILÊNCIO


VAUMIRTES FREIRE
Já escreveu mais de dezoito cordéis onde fala sobre diversos assuntos. Vai deste política até sobre os mais belos sentimentos, como é o caso do seu cordel O MEU SILÊNCIO, onde fala de sua filha ta especial Déborah. Lei alguns versos.

O Meu Silêncio
Baseado no Livro O Diário de Déborah

( 05/10/2005 )

Autor: Vaumirtes Freire


Deus envia seus anjos
Àqueles por Ele escolhido
São anjos muitos especiais
Que precisam ser protegidos.
E Déborah é uma flor
Que Deus nos presenteou
Nos deixando comovidos.

Quando Debinha nasceu
Foi grande nossa emoção
Porém, uma semana depois
Ela sentiu uma convulsão
Foi imensa a nossa dor
Como se o espinho da flor
Perfurasse meu coração.

Na passagem do ano novo
Fomos correndo ao hospital
Debinha se contorcendo de dor
Na Santa Casa de Sobral
Porém ao ser medicada
Pra’ela só foi receitada
Um espasmo lufital.

Os versos abaixo o poeta denúncia o descaso da médica plantonista
que receitou um medicamento errado por não saber do que se tratava.


A médica diagnosticou
Cólicas na recém nascida
Voltamos felizes para casa
Com a nossa filha querida
Mas um silêncio me dizia
Que a partir daquele dia
Iria mudar minha vida.

(...)

Déborah parecia um anjo
Que do céu havia surgido
E também uma florzinha
No nosso jardim florido
Parecia estar sempre voando
Ou um anjinho só rezando
No seu silêncio perdido.

De que não mais andaria
O médico nos deu a certeza
Depois d’um exame ortopédico
Realizado em Fortaleza
E nos enchemos de coragem
E compramos uma carruagem
Para transportar nossa princesa.

(...)

Neste versos o poeta pai, escreve como ele conversava com sua filha especial.
Respondendo por ela o que ele mesmo perguntava.

E na minha imaginação
Com Déborah conversava
Respondendo por ela tudo
Que eu mesmo lhe perguntava
A indagava e apenas sorria
E por Déborah eu respondia
Como se fosse ela que falasse.

Depois de alguns anos
Conseguiu dar uns passinhos
Andava toda feliz da vida
Igualmente um anjinho
Voando pela nossa casa
Sorrindo, sacudindo as asas
Parecendo um passarinho.

(...)
os versos abaixo é um agradecimento ao prefeito Cid Gomes,
umas das pessoas que mais lhe apoiou.


Quando Cid foi prefeito
De Sobral lhe presenteou
Uma carruagem mágica
E Déborah novamente voou
Feliz em sua cadeirinha
Parecendo uma princesinha
Que para a vida desencantou.

Em pura emoção, aqui o poeta pai, ao ver sua filinha andando de joelho,
ele a imagina ser um anjo que vem ao seu encontro de joelhos rezando.


Hoje ao me ver chegar
Fica em silêncio me olhando
Depois vem ao meu encontro
Mesmo não mais andando
Vem de joelho, devagarzinho
Até parece um anjinho
Em silêncio rezando.

(...)

os versos abaixo o poeta escreve o quanto aprendeu com o silêncio de sua filha,
bem como ver na família forças para continuar sua missão.



Aprendi em seu silêncio
Que Deus falava comigo
Ela é meu anjo da guarda
Que me livra dos perigos
E no seu jeito tão inocente
Déborah cativa muita gente
Aumentando os amigos.

Somos felizes com Barbarah
E com Debinha mais ainda
Elas são duas florzinhas
Cada uma a mais linda
Que Deus pôs no jardim
Para Suelane e pra mim
Dá a elas boas vindas.

Nestes versos ele fala com Deus. Pede ao pai que o faça sempre forte.

Peço a Deus que me faça
Ser um pai excepcional
Pois fui escolhido por Ele
Para essa missão Celestial
Ser do meu anjo o Guardião
Protegendo no coração
O meu silêncio especial.

22
Continua...


IML, OU SAI OU SALGA


Vaumirtes Freire também através de seus versos denúncia o descaso dos políticos para com a população, veja neste cordel quando denunciou a falta do IML em Sobral. Ele escreve de uma forma sátira, mas ao mesmo tempo denuncia este descaso do então govermndor do ceará Lucio Alcântaras.








IML – OU SAI OU SALGA

Sobral evoluiu bastante
De oito anos pra cá.
Nosso ICMS é o segundo
Do Estado do Ceará.
Só perdemos pra capital,
Porém no interior, Sobral
Está em primeiro Lugar.

Aqui é o berço da cultura
Uma cidade boa de nascer.
Com colégios e emprego
Um lugar bom de viver.
Porém, que fatalidade,
Aqui na nossa cidade
O ruim mesmo é morrer.

Morrer nunca será bom
Em todo ou qualquer lugar,
Mas morrer aqui é preciso
Primeiro a gente salgar,
Pois IML já não existe.
E uma viagem triste
Nós fazemos à “capitá”.


O governador tirou de nós
O direito à Sentinela.
Não podemos mais rezar
Em silencio na luz da vela.
Então toda a “famia.”
Sofre desta agonia
Por causa desta querela.

Os versos abaixo denunciam a realidade da época
quando o corpo do finado chegava de Fortaleza.


O filho não pode mais
Se despedir do pai na sala.
E outro pai ao ter seu filho
Vitimado por uma bala.
Também, ao vê-lo chegar
Não pode nele tocar
Pelo mal cheiro que exala.

Veja aqui falando do fato histórico quando a assembléia legislativa
do estado veio à Sobral discutir sobre o assunto.
Mas felizmente na assembléia,
Existem políticos sensatos.
Representantes fiéis do Povo
Que foram eleitos deputados
E resolveram, com competência
Fazer em Sobral uma audiência
E tirar dela resultados.

E no auditório da prefeitura
Tudo será resolvido,
Pois os deputados irão ver
O que o povo tem sofrido
E dizer para o Governador:
“Ou sente agora essa dor
ou a dor dos votos perdidos.”

Várias autoridades
Estiveram presentes
Nessa auditoria pública
Formando uma só corrente.
- Agora sai. - Um assim diz.
Era o sindicalista Muniz
Um cidadão competente.

O 4º poder é o Povo
Se não for o primeiro.
Está na hora de união
Do povo do mundo inteiro.
Em Sobral, os Sobralenses;
No Ceará, os Cearenses;
No Brasil, os Brasileiros.

Sei que o governador
Ainda vai pensar direito.
Então, aceitará o apoio
Do nosso atual prefeito
E construirá em Sobral
O INSTITUTO MÉDICO LEGAL
Com o nosso Gestor eleito.

Esse cordel é o Silêncio
De um pingo d’água no oceano.
Mas se cada um fizer sua parte
O Governador mudará seu plano.
E colocará, para nossa felicidade,
Um IML para nossa cidade
No ORÇAMENTO DO PRÓXIMO ANO.

DENGUE: NUNCA MAIS.


No ano de 2007, a dengue tirou algumas vidas de pessoas queridas. A população ficou preocupada e atendeu o chamado do prefeito Leônidas que também teve a ajuda do governador Cid Gomes, e declarou guerra ao Mosquito vetor da doença. Porém a união da população foi eficaz e finalmente vencemos à dengue, mas mesmo assim alguns inocentes perderam suas vidas.
No ano de 2008 saimos vencedores e neste ano de 2009 para dar continuidade ao trabalho tão vitorioso, a prefeitura, através das suas secretarias, especialmente a da saúde cujo secretário permanece o Dr Carlos Wilton, no qual o prefeito Leônidas reconheceu muita competência, outra vez chama a população para se alistar nesta guerra contar a dengue e em prol da vida...e que desta vez não pereça nenhum dos nossos guardiões.


E para que aquela luta de todos os sobralense não caísse no esquecimento, eu escrevi este cordel em silêncio para que seja um grito para acordar alguns que ainda não perceba que não basta só fazer sua parte, é preciso que cobrem que os outros também façam a sua...a não ser que ele seja como os urubus que sempre aparecem.

Leia alguns fragmentos do cordel.

No ano 2007 em Sobral
Nesta princesa do norte
Causando algumas mortes
Apareceu um mosquito
E o povo deu um grito
Em rádio e no jornal.
Na Câmara Municipal
Fizeram uma sessão
E o nosso prefeito então
Muitas medidas tomou
Cid o nosso Governador
Com ele fez parceria
Que à dengue cobatia
E muito nos ajudou.

(...)

Bombeiros, Polícia Militar
Guarda e a Defesa Civil
União que nunca se viu
Em outro e qualquer lugar
O TG veio então somar
Com os escoteiros Mirins
Mosqueteiros e espadachins
Eram todos combatentes
Leônidas na linha de frente
Era um grande lutador
Ele e o nosso governador
O problema resolvia
E o povo logo sorria
Com a ausência da dor.
(...)
A Justiça e a promotoria
Deram sua contribuição
E todo nobre cidadão
A sua parte fazia
E assim todos os dias
A limpeza era geral
Terrenos e fundo de quintal
Não existia mais lixo
Mata pasto e carrapicho
Não escondiam mais nada
E toda as latas viradas
O mosquito não reproduzia
E assim não sobrevivia
O infame matador.

E agora neste ano
Esta guerra não acabou
Precisamos continuar
O que a gente começou
Pneu com água parada
É a melhor morada
Que a Dengue achou.

Tampe sua caixa d´água
Não deixe água empossada
O mosquito se reproduz
Sempre em água parada
Por isso dê um jeitinho
E no quintal do vizinho
Dê sempre uma olhada.

A piscina do Dengue
E casca de ovos, no quintal
Por isso empacote tudo
Deixe beleza total
Até tampa de guaraná
Todas que encontrar
Faça a limpeza geral


O prefeito sozinho jamais
Irá a dengue abater
Por isso, faz campanha
Para conscientizar você
Que somente com união
De toda a população
Conseguiremos vencer.

Olhe também no jardim
E nos vasos floridos
Pode haver algum foco
De mosquitos escondidos
Olhe cada canto da casa
Não deixe que crie asa
Ou estaremos perdidos.

Pneus velhos com água
Não deixe de eliminar
Observe também as calhas
Que água possa acumular
Não faça isso sozinho
Cobre do seu vizinho
O chame para lhe ajudar.

A dengue pode matar
Veja então lá no Rio
Ela é como bala perdida
Que sai de algum fuzil
Disparada por imprudente
Matando gente inocente
Por todo este Brasil.

Que luta em prol da vida
Acerta e nunca erra
Abatendo o tal mosquito
A cada palmo de terra
Será sempre um soldado
Combatente e engajado
Contra a dengue nesta guerra.

Mas se os sintomas:
Febre e dor de cabeça
Sentir, procure ajuda
Ao PS compareça
Lá no posto de saúde
Peça que lhe ajude
Antes que o pior aconteça.

A Secretaria de saúde
Está totalmente preparada
Com médicos competentes
E equipes especializadas
Mas se você se prevenir
Jamais irá para UTI
E nem ficará internada.

O prefeito Leônidas Cristino
Comanda essa missão
Movimenta as secretarias
E essas fazem mutirão
E o povo se apresenta
E o mosquito logo enfrenta
Com bravura de leão.

O Dr. Carlos Wilton
Continua na secretária
De saúde porque o povo
Viu nele as melhorias
Foi um dos combatentes
“O secretário mais competente”
Nas rádios só se ouvia.

Fala a língua do povo
Lhes garantindo os direitos
Trata cada cidadão bem
Com carinho e respeito
Já falam no cotovelo
Que Leônidas vai fazê-lo
Ser o futuro prefeito.

Dengue nunca mais
É este o nosso ideal
Pra isso você precisa
Ser um Guardião Real
Para que com firmeza
Defenda esta Princesa
Nossa querida Sobral.

PS : Houve algumas modificações do original, pois estou atualizando, caso alguém se interesse em divulgar é só me procurar que cederei gratuitamente, pois esta será mais uma contribuição minha nesta luta contra a dengue.